Despedida
Hoje, a casinha da praça amanheceu bem mais triste. Sô Valdir despediu-se de nós! Ainda é madrugada e já abri a igreja. Alguém deixou aces...
Hoje, a casinha da praça amanheceu bem mais triste. Sô Valdir
despediu-se de nós! Ainda é madrugada e já abri a igreja. Alguém deixou acesa a
lâmpada diante da casa de Sô Valdir. Quem irá apagá-la, agora? Está lá,
silenciosa, a casinha branca de janelas verdes me dizendo que perdeu o seu
único morador. Sô Valdir morava só mas, sua presença fazia parte do cenário da
praça. Ao lado da igreja, era vizinho de São José e também de Dona Mariinha,
outra moradora icônica, da bucólica Cidade de São José da Varginha.
Hoje abri a igreja mas, Sô Valdir não abriu sua casinha.
Estendi minha mão e abençoei aquela casa que, por muitos anos, abrigou Sô
Valdir, um homem simples, que batizou com seu nome, um dos becos mais lindos da
cidade.
A Igreja está aberta, mas Sô Valdir não entrou. Sô Valdir
entrou no céu, onde as manhãs nunca terminam e os passarinhos nunca deixam de
cantar. Vá com Deus, Sô Valdir! Diga a São José que lhe mandei um carinhoso
abraço. Até qualquer dia Sô Valdir!
Fotos (arquivo pessoal)
Primeira: Casinha de Sô Valdir
Segunda: Beco do Valdir
Parabéns padre ótimo texto.
ResponderExcluir
ResponderExcluirMorar sozinho quer dizer viver do seu jeito... Senhor Valdir, do seu jeito, conquistou espaço na historia da nossa cidade e de muitas gerações em São José da Varginha. Um comerciante, um cristão, um vizinho. Um senhor do seu jeito, aquele jeito humilde e amigo sempre. Até imagino a calmaria do céu, especialmente preparado para recebe-lo à altura da sua personalidade. E Claro que São José estará à porta, atento para aconchegar nesta nova morada de paz o seu tão bom vizinho de fé.
Que Descanse em paz sua alma!
Obrigada pelo carinho para com os moradores ,desde o mais pequeno até o mais importante, ou melhor com todos
ResponderExcluirValdir, bar do Valdir, beco do Valdir, quantas histórias da nossa infância temos a respeito da venda do Sr. Valdir, nossa parada de compras das guloseimas para ida e volta da escola. Homem religioso, vivia só, às vezes passado despercebido por muitas pessoas, viveu de forma simples, mas era seu jeito de ser.
ResponderExcluirQue lindas palavras Padre. Que ele descanse em paz! Sempre quando eu passava aí ele dava um jeitinho de me cumprimentar. Ótima pessoa.
ResponderExcluirRealmente hoje o dia está triste!!! Descanse em paz Sô Valdir! Lindas palavras padre!!!
ResponderExcluirPessoa simples, educada. Tenho certeza que deixou muitas histórias e lembranças dos moradores. Descanse em paz!
ResponderExcluirPois é, Valdir do Clóvis, descanse em paz! Morei boa parte de minha infância nessa casa onde minha mãe faleceu! Descanse em paz Sr Valdir.
ResponderExcluirBelas e sábias palavras. Que o senhor Valdir descanse em paz.
ResponderExcluirQue lindo texto, Padre!!! Não conheci Sr Valdir, mas imagino como tudo ficou triste ! Que ele descanse em paz e peça a São José muitas bênçãos pra nós.
ResponderExcluirLinda crônica, simples e profunda.
ResponderExcluirque lindo
ResponderExcluir