O Reino virá, mas quando?
Somos pessoas situadas no tempo e no espaço. Precisamos de referências para quase tudo, e por isso, usamos, com frequência, os “GPS” (Sist...
Somos pessoas situadas no tempo e no espaço. Precisamos de referências para quase tudo, e por isso, usamos, com frequência, os “GPS” (Sistema de posicionamento global - Global Positioning System) para indicar o nosso posicionamento nas estradas e ruas. Na vida também precisamos de um “GPS” para orientar nossas ações e direcionamentos. Vivemos num mar de incertezas e, grande maioria das pessoas, está desorientada, ou seja, não sabe mais onde está o Oriente...
No tempo de Jesus também havia pessoas desorientadas e preocupadas com a ideia do fim dos tempos. Os fariseus perguntaram-lhe sobre o “quando” viria o Reino (Lc 17, 20-25) e os discípulos perguntaram-lhe, sobre o “onde”( Lc 17, 26-37). Essa pergunta, talvez, visasse confirmar uma ideia de que o julgamento final das nações aconteceria no Vale de Josafá, nas proximidades de Israel, conforme entendimento da literatura bíblica (Jl 4,2 e Jl 4, 11-16).
Tempo e lugar são parâmetros que usamos para nos situarmos na realidade. Sobre o tempo Jesus respondeu que o Reino já estava entre eles. Sobre o lugar ele não responde, pois, Deus está em todo lugar e por isso, nosso encontro, definitivo, com Ele não precisa de endereço.
Respondendo à inquietação dos discípulos Jesus disse que todos devem estar preparados para o encontro com Deus e, acrescenta: Naquele dia dois estarão numa cama; um será tomado e o outro deixado. Duas mulheres estarão moendo juntas; uma será tomada e a outra deixada...
Não existe proximidade maior do que estar dormindo na mesma cama. A ideia parece referir-se a uma relação próxima de marido e mulher. Mas, curiosamente, mesmo estando tão próximos é provável que um se preocupe mais com as coisas de Deus do que o outro. No tempo de Jesus era necessário duas pessoas para tocar os moinhos domésticos. Apesar dessa grande proximidade, apenas uma delas se salvaria... E Jesus acrescenta: “Onde estiver o cadáver, aí se juntarão os abutres”. Ao que parece, esse era um provérbio usual que remetia a uma passagem bíblica de Ezequel (Ez 39,17).
A resposta de Jesus também faz referência à mulher de Ló (Gn 19,17.26), transformada numa estátua de sal por relutar em cumprir uma ordem divina para que saísse da Cidade antes de sua destruição. Enquanto Deus queria salvá-la, juntamente, com sua família, ela ficou relutante presa ao que deixava para trás.
De uma coisa temos certeza: Deus quer a nossa salvação! Nenhum pai cria um filho para que ele se perca. Mas, é preciso tomar cuidado com o excesso de preocupações com subsistência, negócios, e tantas outras atribuições que assumimos ao longo da vida. Corremos o risco de nos perdermos nesse emaranhado de compromissos e preocupações. Preocupamos em garantir um mundo melhor para os filhos, mas nem sempre cuidamos de deixar filhos melhores para o mundo... Um grande número de profissionais, atualmente, anda estressado e esgotado e nunca se consumiu tantos medicamentos controlados! Seria bom que, pelo menos de vez em quando, déssemos uma freada na rotina da vida para um encontro de espiritualidade, de confraternização ou, pelo menos, para uma leitura de cunho espiritual. Precisamos recarregar as baterias e atualizar os nossos “Gps”.
A religião, vivida de forma sadia, pode oferecer à pessoa uma orientação de vida. Quem tem fé costuma saber de onde veio, para onde vai e o que faz nesse mundo. Mas é preciso tomar cuidado até mesmo com essa questão, pois, existem religiões que, em vez de ajudar atrapalham, e deixam as pessoas ainda mais desorientadas. Desconfiem daquelas que prometem curas e milagres para tudo! Desconfiem daqueles que bradam aos quatro cantos do mundo como se fossem donos da verdade. Desconfiem daqueles que garantem milagres com datas e horas marcadas. Religião é compromisso. Não devemos encará-la como um balcão de negócios. Deus está muito acima de nós. Ele não pode ser subornado por nenhum líder religioso, por mais midiático que ele seja.
Acreditamos no juízo final. Mas, só Deus sabe como, quando e onde. Para falar a verdade, não tenho medo do julgamento divino, pois além de ser justo, será misericordioso. Tenho medo do julgamento dos homens que não tem nenhuma coisa e nem outra. Sei que estou nas mãos de Deus e que Ele nunca irá me desamparar. Afinal, como dizia São Paulo, eu sei em quem depositei a minha confiança!
Imagem: Arquivo pessoal. Foto tirada na Matriz de Onça de Pitangui
Não tenho palavras para descrever ou opinar sobre essa reflexão. Perfeita e verdadeira.
ResponderExcluirMas, vou gritar o 8o. Parágrafo.
Muito bem definido esse real fato em que maioria dos que se dizem religiosos é se entregam de corpo e alma aos "Falsos profetas".
Desconfiem......desconfiem....
O Reino de Deus, já está aqui na terra.Se somos amigos de Jesus, irmãos uns dos outros, percebemos uma vida de comunhão,de paz,podendo buscar a base necessária para conhecer a plenitude da eternidade com Deus no céus.Devemos esperar o Filho do Homem,como esperamos nosso melhor amigo.Com alegria,sem medo; devemos estar preparados.Fazendo o possível para obedecer os ensinamentos contidos na Bíblia,para não ter desculpas de que passasse na ignorância.Todas nossa vida, obras,deve ser refletida diretamente nos conselhos da Bíblia.
ResponderExcluirO Reino de Deus,já está aqui na terra.Se somos amigos de Jesus, irmãos uns dos outros, percebemos uma vida de comunhão,de paz, podendo buscar a base necessária para conhecer a plenitude da eternidade com Deus.Ja aqui na terra,podemos revelar nossa intimidade com Deus no céus.Devemos esperar o Filho de DEUS,como esperamos nosso melhor amigo.Com alegria,sem medo; devemos estar preparados,fazendo o possível para obedecer os ensinamentos contidos na Bíblia,para não ter desculpas de que passasse na ignorância.Toda nossa vida,obras,deve ser refletida diretamente nos conselhos da Bíblia.
ResponderExcluir🙏🙏🙏🙏 linda Deus abençoe sempre
ResponderExcluirAmei a reflexão.
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