O coração da lei
O que vejo quando olho para a Cruz de Cristo? – O corpo de um homem ferido e sangrando em virtude de tais ferimentos. Eu não consigo me ...

O que vejo quando olho para a Cruz de Cristo? – O corpo de um
homem ferido e sangrando em virtude de tais ferimentos. Eu não consigo me acostumar com essa visão e
sempre me pergunto: - Porque tudo isso? Ainda que o crucificado fosse um
criminoso ou malfeitor, não merecia esse tratamento. O que vejo, no entanto, é
o Cordeiro puro e sem mancha, filho de José e Maria! Só de pensar assim, sinto um estremecimento.
Ele, o Verbo encarnado, o próprio Deus morto numa tosca cruz de madeira! Definitivamente não posso me acostumar com
isso!
Somente uma razão muito forte pode explicar a cena do
crucificado. Essa razão tem um nome: Amor! – Como assim? – Que relação haveria
entre amor e morte na cruz? Podemos mudar a pergunta: - Existe alguma forma de
amor cristão que não exija renúncias e sacrifícios?
Creio que não! Algumas mães se adoecem
de tanto se doarem aos filhos, principalmente, se alguns deles estão doentes. Com um filho no CTI mãe nenhuma
consegue dormir em paz! Porque isso acontece? Por causa do amor! Se ela não
tivesse amor nada disso lhe importaria.
A razão maior do que a dor e a cruz tem o nome de amor. Ninguém gosta de cruz.
Ela não tem valor em si mesma. Ela é sempre resultado de uma entrega, de uma
doação de si mesmo. No caso de Jesus, foi a sua entrega pela nossa salvação.
Poderia haver alguma lei maior do que isso? “Quem ama já cumpriu toda a lei”
pois nenhuma lei é maior do que o amor. Jesus resumiu toda a lei com seus 660
mandamentos em apenas dois: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como
a si mesmo! Não são dois tipos de amores diferentes mas duas facetas do mesmo
amor. O que funda o nosso amor ao próximo deve ser o amor a Deus e o nosso amor
a Deus nos leva a amar o próximo. Foi por causa desse amor que Jesus entregou
por nós a sua vida no alto de uma cruz de madeira.
Abençoada seja a Cruz de Cristo! O lenho bruto que, antes, era
instrumento de maldição, depois de Cristo passou a ser sinal de salvação.
Oferecendo-se, inteiramente, como cordeiro imolado Jesus nos libertou do pecado e
pagou com o seu sangue o nosso “ingresso” para o céu. Merecimento? – Que merecimento
tenho eu ou você? Da Cruz de Cristo desceu sobre todos nós uma cachoeira de
graças. Desceu sobre nós e sobre o mundo inteiro!
Vendo hoje, a nossa realidade, tão marcada por ódios e
guerras, buscamos explicações para isso. A coisa me parece bem simples:
Muitos estão dispostos a matar mas, poucos se dispõem em doar as próprias
vidas. Os grandes santos entenderam isso. Assim, foi com São Maximiliano Kolbe e tantos
outros mártires da Igreja. Maximiliano, ofereceu a si mesmo para morrer, no
campo de concentração nazista, em lugar de um pai de família que ele pouco
conhecia.
Infeliz de quem acredita que pode mudar o mundo com o poder
das armas. Só o amor pode mudar o mundo pois, ele muda o homem de dentro para
fora e não de fora para dentro. Pense nisso, meu irmão. Pense nisso!
Foto: Cruz - da Comunidade de Cachoeirinha em S. J. da Varginha. Arquivo pessoal.
Sempre olho para o cristo cruxificado e penso em seu sofrimento, e como tiveram coragem de ter feito isto com o filho de Deus.
ResponderExcluirFoi amor onde passava, apresentou o projeto de amor que teria mudado tudo. No texto o ultimo parágrafo sinteziou o que seria um mundo diferente, o mundo planejado pelo nosso Deus.
Seria que não o condenariamos novamente se voltasse?
Sempre olho para o cristo cruxificado e penso em seu sofrimento, e como tiveram coragem de ter feito isto com o filho de Deus.
ResponderExcluirFoi amor onde passava, apresentou o projeto de amor que teria mudado tudo. No texto o ultimo parágrafo sinteziou o que seria um mundo diferente, o mundo planejado pelo nosso Deus.
Seria que não o condenariamos novamente se voltasse?