É mais fácil converter uma cidade inteira que um profeta teimoso
O que é preciso fazer para que uma cidade inteira se converta? – Você poderia me dizer: Ninguém consegue essa proeza! Eu concordo com você...

O que é preciso fazer para que uma cidade inteira se
converta? – Você poderia me dizer: Ninguém consegue essa proeza! Eu concordo
com você. De fato, ninguém consegue isso sem Deus, mas, com Deus tudo é
possível. E foi isso que aconteceu com a Cidade de Nívive, Capital da da
Assíria na época do Profeta Jonas (450 a. C, aproximadamente).
A conversão de Nínive, uma grande cidade (gastava-se três
dias para atravessá-la) não foi mérito de Jonas, foi obra de Deus (Cf: Jn, 3,
1-5.10). Se dependesse de Jonas a cidade teria pegado fogo com todos seus
habitantes. Jonas, assim como boa parte dos israelitas, não gostavam de Nínive
e a viam como cidade imperialista e opressora. Queriam mais que ela se
lascasse! Deus, no entanto, não pensa como nós. Ele quer o bem de todos e
deseja salvar todos. Por isso chamou Jonas para pregar em Nínive. Jonas bateu o
pé e disse que não ia. Tomou o navio e seguiu em direção oposta. Mas, com a
vontade de Deus não se brinca. O navio quase afundou e teve uma viagem cheia de
turbulências. Jonas foi jogado no mar, engolido por um grande peixe que o vomitou
na praia. Advinha onde? – Em Nínive!
Jonas, meio a contragosto começou a pregar aos ninivitas e
deu-lhes quarenta dias para que se convertessem. Caso contrário, todos seriam
mortos. E como ele torcia para que isso acontecesse! Mas, aconteceu o
contrário. A cidade inteira se converteu, para tristeza de Jonas. Naquele dia,
ainda sem querer, ele acabou sendo um instrumento nas mãos de Deus e aprendeu
uma grande lição: Deus ama todos igualmente! Ele não é Deus de apenas um povo
ou uma panelinha. A salvação de Deus é universal. Outra coisa que Jonas
aprendeu: - Os ninivitas foram sensíveis aos apelos de Deus, coisa que nem
sempre acontecia com seu povo. Quantas vezes, Israel pecou e não se arrependeu?
Talvez, tenha aprendido também que Deus não queria apenas a conversão dos pagãos
mas a sua própria conversão.
O tempo passou, muita coisa mudou mas, outras continuam. Ainda hoje, criamos “panelinhas” quando toleramos xenofobia, a aversão ao estrangeiro, como ele fosse cidadão inferior. Nossa sociedade ainda não se libertou de certos pecados, como: racismo, Xenofobia, homofobia, misoginia e outras “ias”... Será que Jonas seria ouvido, hoje, em nossas cidades? Quem são os Jonas de hoje que nos interpelam e nos convidam à mudança de vida e mentalidade? Com você responde aos apelos de Deus?
Pense nisso!
Foto: Arquivo Pessoal