A santidade passa pelo irmão
Os mestres da lei e os fariseus volta e meia, encantoavam Jesus para colocá-lo numa situação embaraçosa. Eles eram legalistas e queriam ob...

Os mestres da lei e os fariseus volta e meia, encantoavam
Jesus para colocá-lo numa situação embaraçosa. Eles eram legalistas e queriam
obrigar todo mundo a entrar nessa camisa de força que era a lei religiosa,
naquele tempo, formada por 613 mandamentos! Nem eles conseguiam viver esse
pacotão de normativas ampliadas por eles mesmos. Jesus nos ensina que não basta
cumprir o mínimo obrigatório exigido pela lei. Acima da lei devemos colocar em
prática a misericórdia. Não basta frequentar o culto e esquecer-se do irmão.
Por isso, chegou a afirmar:
“Portanto, quando tu
estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu
irmão tem alguma coisa contra ti, deixa tua oferta ali, diante do altar, e vai
primeiro reconciliar-te com teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta”.Mt
5, 23 -24.
Ilustra bem o que falamos a parábola do bom samaritano. Havia
um homem caído na estrada e muitos passaram por ele sem dar socorro. Passou por
ali, inclusive um sacerdote e apressou o passo. De acordo com a “lei da pureza”
tocar um enfermo poderia deixar impuro quem o tocasse. Talvez, por isso, o
sacerdote apressou o passo. Queria estar limpinho para celebrar o culto...
Cumpriu a lei mas faltou com a caridade sem perceber que o amor ao próximo
deveria falar mais alto naquela situação.
Jesus não veio abolir a lei e nem idealizá-la. Para fazer
isso já tinha gente demais. Ele não era o fim da lei mas a finalidade da mesma
pois toda lei deveria apontar para ele e preparar o mundo para sua vinda. Nesse
sentido, a lei é “menineira”, ou seja pedagoga. Enquanto tal, ela só fazia
sentido para ensinar a caminhar com as próprias pernas. Depois que a pessoa já
caminha com as próprias pernas não é preciso mais das muletas. Jesus vai mais
fundo no ensino da lei. Enquanto essa proibia o homicídio (não matar) Jesus
ensina que devemos eliminar qualquer situação que fere a fraternidade. Pensando
nisso, podemos nos questionar: quais as situações atuais mais ferem a
fraternidade? Falaremos de algumas:
Bebedeira: Não existe nada mais destrutivo numa
família quando há exagero no consumo de bebidas alcoólicas. Quem passa por isso
há de concordar comigo. Ao lado da bebida podemos elencar todas as drogas
lícitas ou não. A família se transforma num verdadeiro inferno com esse tipo de
problema. E não é só a família quem sofre. Ele desgasta toda a fraternidade
humana.
Disputas por herança: Uma família costuma ir bem até
aparecer uma situação de herança. E olhe que a herança nem precisa ser grande.
A ambição costuma falar mais alto que a união. Não é raro que uma disputa por
herança destrua todos os vínculos fraternos.
Falta de perdão: O perdão é necessário e bem vindo em
qualquer forma de relacionamento humano. A falta dele costuma abrir feridas
profundas nos relacionamentos. A situação piora quando há desejo de vingança.
Sem perdão não existe cristianismo. É bom enxergar essa verdade. Cristo perdoou
até quem o matou prendendo-o na cruz. É preciso muito treinamento e esforço de
todos nós nesse sentido se quisermos buscar a santidade.
Jesus nos ensinou a ligar culto e fraternidade. Não dá para celebrar bem, quando muitos estão de costas uns para os outros. A minha santidade passa pelo irmão. Por isso, não devo levar a oferta ao altar sem considerar a fraternidade. O ensinamento é muito simples, mas ao mesmo tempo, difícil de ser colocado em prática. Trata-se de um desafio que devemos vencer. Para terminar, cito um pensamento de Santa Tereza de Calcutá:
Qual é o meu pensamento? Eu vejo Jesus em cada ser humano. Eu digo para mim mesma: este é Jesus com fome, eu tenho que alimentá-lo. Este é Jesus doente. Este tem lepra ou gangrena; eu tenho que lavá-lo e cuidar dele. Eu sirvo porque eu amo Jesus.
Imagem de Oraciones Cristianas y Poderosas por Pixabay
Meu Deus como é bom lê essas reflexão na hora de dormir Deus abençoe sempre
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