Os fariseus de hoje
Certa vez, fui procurado por alguém que cobrava de mim atitudes mais enérgicas: - O senhor não pode permitir que fulando e ciclano receba ...
Certa vez, fui procurado por alguém que cobrava de mim atitudes
mais enérgicas: - O senhor não pode permitir que fulando e ciclano receba a comunhão;
também acho deveria corrigir as pessoas que frequentam sua igreja com roupas
inadequadas; deveria parar de bater palmas na igreja... E a ladainha não parou por aí! Para completar
o sermão, realçou suas virtudes: Eu já li a bíblia toda; acompanho o padre
fulano de tal na TV; já fui escoteiro...
Depois de escutar, pacientemente, esse irmão, pensei: - Aqui
está um perfeito fariseu! Além de julgar o próximo, realça suas virtudes o
tempo todo. Se ele se considera tão santo, então, Cristo não veio para ele,
pois, segundo o mesmo Cristo, ele veio para os pecadores. “Os sãos não precisam
de médico, e sim os doentes...” Aquele moço, ao que parece não se considerava
pecador, nem mesmo após se colocar na condição de juiz diante do próximo. Assim,
eram os fariseus no tempo de Jesus. Eles se consideravam mais santos que os
outros e se julgaram no direito de condenar o próprio Cristo: “- Por que o
vosso mestre come com os pecadores e os cobradores de impostos?” – Indagaram aos
discípulos, ao verem Jesus tomar a refeição com os cobradores de impostos e
pecadores na casa se Mateus (Mt 9, 9 – 13).
Precisamos ver o irmão com o mesmo olhar de Cristo, ou seja,
um olhar de misericórdia e não de juiz. Jesus ama o pecador, mesmo na condição
de pecador e não depois de sua conversão. Ele não veio para os santos, pois, esses
já estão com Deus. Ao amar os pecadores, nós, no caso, ele espera que sejamos
mais santos. Soube condenar o pecado sem jamais condenar o pecador. Os fariseus
condenavam, e ainda condenam, quem peca. Eles jogam o bebê fora com a água suja
da bacia. Antes de jogar fora a água suja é preciso retirar o bebê!
Cristo não se aproximou dos pecadores por relaxamento ou para
concordar com o pecado. Fez isso, por amor, pois, é mais fácil atrair uma mosca
com uma gota de mel do que com um barril de fel. Fel os fariseus tinham de
sobra, mas, faltava-lhes a misericórdia. De nada adiantava o grande volume de
sacrifícios que faziam sem amor. Jesus afirmou preferir a misericórdia aos
sacrifícios e São Paulo, escrevendo aos Coríntios dizia que, sem amor, poderia
falar a língua dos anjos, mas, de nada adiantaria. (1 Cor 13).
Os fariseus de todos os tempos têm muita facilidade para
julgar e grande dificuldade para amar. Às vezes, é preciso se colocar no lugar
do outro e perceber as razões de seus limites. Isso significa ter compaixão.
Substituir o farisaísmo e a indiferença pela compaixão é uma grande tarefa de
todos nós. Que Deus nos ajude para imitarmos Jesus e não os fariseus. Do risco
de imitá-los ninguém está livre!
,,,,"Precisamos ver o irmão com o mesmo olhar de Cristo, ou seja, um olhar de misericórdia e não de juiz.".......
ResponderExcluirNão gostamos de pagar impostos até hoje pois sabemos que grande parte não é revertido em saúde, segurança pública, educação...
ResponderExcluirEstamos saturados de fariseus
ResponderExcluirÉ muito triste encontrar pela vida pessoas,que tem um coração de pedra.A misericórdia,a delicadeza e a compreensão,nos dá forças para caminhar e ser Feliz! O amor,a uniao,a humildade nos faz viver como criança,sem preconceito prá acreditar num mundo mais humano, mais colorido e cheio de paz! Julgar jamais!
ResponderExcluirVer as pessoas com o olhar de Cristo, sim essa é a receita certa, mas hoje as pessoas estão vendo o outro com olhar de Fariseu . Seus textos nos faz pensar em nossas ações.
ResponderExcluirCom qual olhar estou vendo o meu próximo?