Histórias sobre São João Maria Vianney – 01

  Depois de um longo tempo sem escrever, regularmente, como gosto de fazê-lo, eis que agora retomo ao ofício. Ofício? – Certamente, que não....

 


Depois de um longo tempo sem escrever, regularmente, como gosto de fazê-lo, eis que agora retomo ao ofício. Ofício? – Certamente, que não. Hobby, talvez. Em tempo: Detesto usar estrangeirismos nos meus textos! Antes de colocar as mãos à massa, vou explicar motivo de minha ausência, pois ela irá ocorrer de vez em quando. Na verdade, não existe um motivo, mas, diversos: O primeiro deles é a falta de tempo. O segundo é que não fui muito feliz ao selecionar minhas últimas leituras. Li uns três livros feito samurai sem obter resultados relevantes em angariar munições para meus comentários. Mas, vamos ao que interessa:

Pretendo escrever uma série de histórias reais sobre um santo de minha devoção: São João Maria Vianney. Estou buscando as informações num ótimo livro sobre ele. Veja citação abaixo. Para evitar que os textos fiquem cansativos não vou ficar citando páginas. Já falei sobre a fonte principal de minhas informações e isso basta.

João Maria vianney nasceu no dia 08 de maio de 1786, por volta de meia noite e foi batizado no mesmo dia.  Seus pais: Mateus Vianney e Maria Beluse casaram-se, no dia 11 de fevereiro de 1778, no Povoado de Écully, próximo a Dardilly, na França e tiveram seis filhos:

Catarina que casou muito jovem e morreu, igualmente, jovem;

Joana que faleceu com apenas cinco aninhos;

Francisco, o futuro herdeiro da casa paterna;

João Maria, mais tarde chamado de Cura D’Ars;

Margarida, apelidada de “Gothom” foi a única dos irmãos que sobreviveu até aos 91 anos de idade;

Francisco, conhecido por Cadete, que seguiu carreira militar.

Desde muito cedo João Maria aprendeu a rezar e nunca tomava as refeições sem fazer o sinal da cruz. Certa vez, sua mãe ofereceu-lhe o prato de sopa sem, antes fazer as orações costumeiras. O menino que contava com apenas 15 meses, na ocasião, recusou o prato enquanto sua mãe não rezou (informação fornecida por Maria Vianney no processo ordinário de canonização).

“Na idade de 18 meses, quando a família se reunia para a oração da noite, ajoelhava-se de sua própria iniciativa entre os demais, juntando as mãozinhas com devoção. Depois a piedosa mãe deitava-o e antes de abraça-lo pela última vez, inclinava-se sobre ele, falando-lhe no Menino Jesus, na Virgem Ssma. E no Anjo da Guarda... O menino adormecia ao suave murmúrio da voz materna...”

Conforme se pode perceber a piedade e a devoção de São João Maria Vianney o acompanhou desde a infância. Na ocasião a França estava pegando fogo por causa da Revolução e agitações sociais, mas naquele recanto esquecido, longe dos centros importantes, a família conseguiu preservar a fé e a educação dos filhos dentro de sólidos valores. O contexto era de muita perseguição aos católicos e aos padres, mas Deus preservou aquela família que daria à sua Igreja um dos Santos mais importantes.

Ao contrário do que se pode pensar João não era um menino calmo nem paciente. Tinha olhos azuis, cabelo escuro, tez morena e olhar vivo. Nasceu com um “caráter impetuoso” e para adquirir doçura teve que empreender longos e meritórios esforços. Certa vez teve uma briga feia com Gothom, sua irmã mais jovem por causa de um rosário. Ambos queriam o objeto de devoção e ninguém abria mão do seu direito. Foi preciso que a mãe entrasse no meio e só conseguiu resolver a contenda quando ofereceu a João uma imagem de Nossa Senhora. Na ocasião ele só tinha quatro anos de idade. Mas, essa imagem o acompanhou por longos anos e muitos o viram rezar diante dela com profunda devoção.

Apesar da terrível realidade que vivia a França, naquele tempo, a família Vianney nunca deixou de praticar a caridade. Havia muitos pobres e andarilhos que mendigavam um prato de comida entre os camponeses. A casa da família era pequena para acolher tantos empobrecidos. Por isso, os vizinhos combinaram que os homens abrigariam na casa de um deles e as mulheres na casa de outro. Certa vez, apareceram vinte andarilhos de uma única vez diante da porta dos Vianney. A sopa não dava para tanta gente. Naquela noite, o chefe da família abriu mão do seu prato de sopa, mas não deixou de atender aos pobres! Entre eles havia sacerdotes que eram considerados rebeldes por não terem feito o juramento de obediência a Constituição Civil do Estado. Por causa disso, eram considerados “refratários” e perseguidos (*) Muitos morreram nessa perseguição, mas sobre isso falaremos em outro texto.

 

·       https://ggpadre.blogspot.com/2016/08/atras-da-carroca-de-feno-uma-missa.html

TROCHU, Francis Cônego. O Cura D’Ars. São João Maria Vianney. Petrópolis, RJ. Vozes, 1960. II edição. Obra premiada pela Academia Francesa.

Foto: Arquivo Pessoal

Related

Crônicas 6650336109028540126

Postar um comentário

  1. Parabéns pela iniciativa!
    Sempre bom conhecer mais de nossa Igreja pelos seus trabalhos que muito nos enriquecem!São João Maria Vianney muito tem a nos ensinar e tenho certeza que sua pesquisa e trabalho sobre ele vão colaborar para tal!

    ResponderExcluir
  2. Que bom! Vou ler todos os textos. Todos os dias invoco a proteção e intercessão de São João Maria Vianey. Seu exemplo nos ajuda a sermos melhores servidores do Senhor! Obrigado pela iniciativa!

    ResponderExcluir
  3. As dificuldades deixavam as pessoas mais fortes. Naquela época não havia vaquinha na internet. E se não fosse por caridade e perseverança, muitos pareciam.

    ResponderExcluir

Deixe aqui seu comentário

emo-but-icon

Siga-nos

dedede2d

Vídeos

Mais lidos

Parceiras


Facebook

item