São João Maria Vianney e as investidas do diabo
Pode parecer estranho abordar esse tema nos dias atuais porque hoje temos explicações racionais para quase tudo. Mas, naquele tempo, em qu...
Pode parecer estranho abordar esse tema nos dias atuais porque hoje
temos explicações racionais para quase tudo. Mas, naquele tempo, em que viveu o
nosso santo, também havia muitas explicações e nenhuma delas se deu conta do
que se passava com ele. Certo é, que por
um bom tempo, o inimigo o tentou, perturbando o seu sono, arrastando sua cama e
fazendo barulhos à noite. Poderia tratar-se de alucinações? Os entendidos do assunto, já naquele tempo (1824 – 1858), não viram isso como alucinação. O
sacerdote tinha um comportamento equilibrado e perfeito domínio de si e, além
dele, outras pessoas também presenciaram as investidas do diabo e puderam
testemunhar o que viram.
Certa vez, quando o santo estava na igreja atendendo
confissões, coisa que ele fazia por longas horas, alguém viu que, de seu quarto, saia muita fumaça. Entraram em sua casa para conter o incêndio e viram sua cama
queimada. Apesar disso, nada mais se queimou. Havia cortinas em seu quarto e o
teto era forrado de madeira, mas somente sua cama foi reduzida à cinzas. Ao
saber disso, santo apenas comentou: -
Pois é. Trata-se do “grappin”, do diabo. Ele está furioso comigo porque vou
atender a confissão de um peixe graúdo amanhã. Esse vilão do demônio, não podendo
pegar o pássaro queima-lhe a gaiola...
Coisas desse tipo, sempre acontecia. Quando um grande pecador
estava para se confessar com Padre Vianney, o diabo não lhe dava sossego na véspera dessa confissão. Ele o
chamava de “grappin”. Grappin é um tridente em forma de garfo. Irritado com o
padre o diabo lhe chamava de “comedor de batatas”, “sapo vestido de preto” e
outros insultos. O padre não tinha sossego para dormir. Certa vez, um de seus
paroquianos ofereceu-se, para fazer-lhe companhia, à noite, pensando que aquelas
narrativas fossem exageradas. Trata-se de André Verchère, um jovem robusto de
28 anos. Leia o que ele disse depois do que viu:
Chegada à noite, dirigi-me
à casa canônica. Conversei com o Sr. Cura, junto ao fogão, até pela volta das
dez. Então, me disse ele: - “Vamos dormir”. Cedeu-me seu quarto e ele ocupou o
contíguo. Eu não poderia dormir. À uma hora ouvi sacudir com violência o ferrolho
e a tranca da porta que dava para o pátio. Simultaneamente contra a mesma porta
ressoavam pancadas, enquanto a casa se enchia de um ruído atordoador
como de vários carros. Tomei o fuzil e me precipitei para a janela, que abri
com violência. Olhei e não vi nada. A casa estremeceu por um quarto de hora.
Minhas pernas fizeram o mesmo, e disso me ressenti por espaço de 08 dias.
Quando o intrépido começou o Sr. Cura acendeu uma lâmpada e veio ter comigo. –Ouviste
alguma coisa, perguntou-me. – Sim. Pois
não vê V. Revma, que me levantei e estou com o fuzil? A casa estremecia como se a terra tremesse. – Tens medo? – Perguntou-me ainda o Sr. Cura. –
Não. Não tenho medo, apenas sinto que me faltam as pernas e a casa vai desabar.
– Que pensas ser isso? – Creio ser o diabo.
Quando cessou o barulho voltamos para a cama. O Sr. Cura, na noite
seguinte pediu-me que ficasse com ele novamente. – Sr. Cura, respondi-lhe, já
levei susto que chega...
Por, aproximadamente, 35 anos, São João Maria Vianney foi
tentado pelo diabo. Apesar disso, manteve firme a sua fé e devoção à Virgem
Maria. Durante esse tempo ele nada reclamou. Sabia que quanto maior fossem as infestações
do mal, mais bem estaria fazendo. Caso contrário, o diabo não ficaria tão
incomodado. Sua presença era uma presença de luz coisa que não pode suportar o
amigo das trevas. Só depois de longo tempo o inimigo o deixou em paz. Sua grande
santidade foi o que despertou tanto ódio no inimigo de Cristo.
Obs: As citações acima, foram tiradas da seguinte obra:
TROCHU, Francis Cônego. O Cura D’Ars. São João Maria Vianney. Petrópolis, RJ. Vozes, 1960. II edição. Obra premiada pela Academia Francesa.
Imagem de Nicky ❤️🌿🐞🌿❤️ por Pixabay
Que santo, muito mas muito interessante, muito bom mesmo conhecer a história de São João Vianey e que bonita a oração cantada.
ResponderExcluir..."Apesar disso, manteve firme a sua fé e devoção à Virgem Maria. Durante esse tempo ele nada reclamou. "Que possamos aprender com o Santo Cura D'ars a perseverar na fé !!!
ResponderExcluirMeu Deus! As tentações existem nesta terra,mas a amizade que devemos ter com Deus deve ser maior e dominar todos os medos do nosso coração. Que São João Maria Vianney,nos Protege e nos livre de todo mal, amém 🙏🏻
ResponderExcluirTodos nós somos tentados, mas diante das tentações que sejamos como São João Maria Vianney e outros Santos, temos que ser firmes na fé.
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