O sofrimento costuma unir as pessoas
Se existe algo em comum entre os seres humanos esse algo é o sofrimento. Ele vem para todos e para cada um vem de um jeito. Mas, há algo, ...
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Se existe algo em comum entre os seres humanos esse algo é o
sofrimento. Ele vem para todos e para cada um vem de um jeito. Mas, há algo, além
dele, que também nos conecta uns aos outros. A solidariedade entre nós, por
exemplo. Ela costuma se manifestar de maneira esplêndida nas horas de infortúnio.
Vejam como o povo se une para resolver o drama de uma comunidade vitimada por
enchentes ou outras tragédias!
O gosto pela beleza também nos une e, por incrível que pareça,
a beleza pode se nos manifestar, simultaneamente, ao sofrimento. Aqui me
lembrei de algo que gostaria de partilhar com você. Meu pai teve Alzheimer e,
ao final da vida, sofreu muito com essa doença. O sofrimento causado pelo Alzheimer
costuma atingir tanto o doente quanto sua família. Foram muitas as internações, os
engasgos, as sondas e as lágrimas...
No hospital, o sofrimento, costuma nivelar as pessoas. Ali,
no mesmo quarto, não tem ricos ou pobres,
feios ou bonitos. Todos sofrem com as limitações do ser humano. O dinheiro pode
até ajudar, mas, ele não compra saúde e nem tempo maior de vida. No quarto do
hospital as pessoas fazem amizades e um ajuda o outro. Enquanto um acompanhante
vai ao banheiro, o outro fiscaliza o soro; enquanto um dos enfermos cochila, o
outro permanece vigilante. O que acontece é uma troca de colaboração que
resgata em nós o que há de melhor no ser humano.
Nas horas difíceis coisas lindas também acontecem. Estando no
hospital com meu pai, via um moço passar, de vez em quando, pelos corredores
tocando seu violino. Aqueles eram momentos mágicos, pois mudavam a atmosfera do
hospital. Outros momentos lindíssimos vividos foram as ocasiões de receber a
Sagrada Comunhão. Sentia que Deus, verdadeiramente, nos visitava para aliviar
as nossas dores. Se os ministros desse sacramento soubesse o quanto ele é
importante aos enfermos jamais fariam isso de má vontade.
Certa vez, ao ajudar um paciente que estava acamado ao lado
da cama de meu pai percebi que ele murmurava uma música que, por sinal, era uma
de minhas músicas prediletas. Acho que estando às portas da morte ele quis me
fazer um agrado. Certamente ele percebeu do que eu gostava e, mesmo sem poder,
quis murmurar uma das músicas de minha preferência.
O tempo de sofrimento pode ser vivido com amor ou com revolta.
Se vivido com amor acaba sendo um tempo de muito crescimento e aprendizagem.
Aliás, a gente costuma crescer mais no sofrimento do que nos momentos felizes.
Dificilmente, alguém cresce com os aplausos estando na passarela, mas estando
no vale de lágrimas e vivenciá-lo com ternura certamente, irá crescer muito.
Talvez essa seja a maior lição que podemos aprender da Cruz de Cristo.
Imagem de fernando zhiminaicela por Pixabay
Realmente a vida nos mostra que o sofrimento nos nivela e feliz de quem tira proveito das suas dores das suas mazelas quando acontece. Como o Senhor disse no texto, é uma oportunidade de crescimento de aprendizagem.
ResponderExcluirTive uma mãe que mostrou muita resignação com as várias amputações que teve que fazer, terminando por ficar sem as duas pernas, mas deu show em sua vida. Quem a visitava saia dizendo ser Ela um exemplo. Eu tenho certeza que sua força era de sua fé em Deus.