Fênix

Fico impressionado de ver a capacidade humana, de reerguer sempre, após as quedas. Existem situações que, realmente, levam a pessoa ao fundo do poço. Um casamento desfeito, um acidente com a pessoa amada, a falência da empresa, tudo isso pode criar momentos de grandes desesperos.

Diante de um trauma, nosso primeiro sentimento é de dúvida. Não acreditamos que aquilo possa estar acontecendo conosco. Em seguida, vem o desânimo e o sentimento de abandono. Parece que Deus nos abandonou. Após os primeiros meses do trauma, lentamente, as coisas vão se ajeitando. O sorriso volta ao nosso rosto, e com ele, a esperança. Assim, como Noé, que após o dilúvio, reorganizou o que sobrou, nós também, renascemos das cinzas de nossas tragédias.

Fênix, uma ave da mitologia grega, ilustra bem essa capacidade de reconstrução do ser humano. Contam que ela era um grande pássaro, semelhante a uma águia. Alimentava-se com incenso e raízes perfumadas. Vivia 500 anos e, antes de morrer, construía seu ninho em forma de pira, com cinamomo, nardo e mirra. Deitada nesse ninho perfumado exalava seu último suspiro. Queimado pelo sol, seu corpo transformava-se em cinzas, de onde germinava uma nova ave para viver mais 500 anos.

Fênix pode representar nossa constante capacidade de renovação. É importante aprendermos com ela. Ressurgir das cinzas é algo imperativo na pessoa humana. As cinzas representam nossa fraqueza. A bíblia afirma que o primeiro homem foi criado do barro. O que é de barro quebra à toa. Mas, apesar de ser de barro, Adão possui o hálito divino. Deus "soprou" em suas narinas o sopro da vida. Ser como fênix é uma virtude. Ainda bem que somos capazes de renascer sempre. Assim vamos nos acostumando com as mais diversas situações da vida. E Deus seja louvado!!!