Pediu uma barca…
Jesus retirou-se para a beira do mar. Mas, não foi só. Com ele foram os discípulos e uma grande multidão procedente de várias regiões (...
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Jesus retirou-se para a beira do mar. Mas, não foi só. Com ele foram os discípulos e uma grande multidão procedente de várias regiões (Mc 3, 7-12). Os interesses da multidão eram os mais diversos: Milagres, prosperidade material, sucesso na vida amorosa… Isso nunca mudou muito! A aglomeração em torno de Jesus foi tanta que ele pediu que lhe providenciassem uma barca. Da barca, “ensinava” a multidão. Muitas vezes, ao longo de seu ministério, Jesus escolheu a barca para ensinar. Talvez, por isso, ela seja uma das imagens mais ricas da Igreja.
Em Minas Gerais temos, ou tivemos muita proximidade com outro veículo de transporte: O trem de ferro! A palavra “trem” inclusive, se deslocou de seu lugar de origem e passou a nominar uma centena de coisas ou realidades.
Apesar da imagem romântica de um trem cortando as montanhosas paisagens de Minas, em pouca coisa ele se assemelha a um barco. É pesado (de ferro!), e somente “caminha” sobre trilhos. Sua rota é previsível e sem aventuras. A barca é leve e flutua sobre as águas sem medo das ondas ou da profundidade do mar. A estabilidade de ferro, do trem, nos conforta, mas, nos priva das aventuras. A segurança da “Barca de Pedro”, da Igreja, não está no seu peso, mas na presença de Cristo. “Estarei com vocês todos os dias…” É essa presença que nos encoraja para enfrentar as ondas e as tempestades que ainda hoje acometem a embarcação. E a voz de Cristo ainda ecoa: “avançai por águas mais profundas”!
Na barca de Pedro, que é a Igreja, que tipo de passageiro você é? Ajuda a remar para frente ou rema na direção contrária? Colabora nas horas difíceis ou torce para afundar? Ajuda a puxar as redes ou apenas faz peso em cima do barco?
Pense nisso!