Rede de Caridade
Em sintonia com a celebração dos 350 anos das mortes de São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac, em 2011, a Sociedade São Vice...
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Em sintonia com a celebração dos
350 anos das mortes de São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac, em 2011,
a Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP), criou o “Ano Temático”. A partir de
então, em cada ano, a SSVP se articula em torno de um tema central. Esse tema serve
como um eixo integrador de todas as ações da Família Vicentina. O tema
escolhido para 2020 foi: “Rede de Caridade”. Tal expressão foi usada por
Frederico Ozanam, fundador das Conferências Vicentinas, em 1833. Vendo a
realidade de pobreza de seu tempo, Ozanam juntou alguns companheiros e começou
praticar a caridade de forma sistemática e organizada. Manifestou o desejo de
criar uma “Rede mundial de caridade”. O seu sonho foi abençoado por Deus e hoje
a “Família Vicentina” está presente quase no mundo inteiro.
Mas, o que é mesmo uma rede e
para quê ela serve? Uma rede é um entrelaçamento de fios amarrados entre si formando
malhas à semelhança dos favos de uma colmeia, Ao mesmo tempo em que pode reter
alguns objetos permite vazar outros. Isso vai depender do tamanho da malha de
cada rede. Quando falamos de rede lembramos-nos da pesca, pois ela é um
instrumento amplamente usado para essa finalidade. Jesus usou tal imagem quando
convocou os discípulos para serem pescadores de homens... Podemos lembrar
também da Internet, rede mundial de computadores, ligados entre si. Talvez,
essa rede seja, atualmente, mais eficiente que a primeira, para o trabalho da
evangelização.
A força da rede está na união de
todos os pontos. Cada pontinho que une os fios sustenta e é sustentado por
outros. A resistência está concentrada em cada ponto e não apenas num local.
Pensar uma organização humana nesse formato é revolucionário. A rede questiona
um modelo de organização marcado pela rigidez hierárquica e piramidal. Todos os
pontos são, igualmente, importantes e como tais, responsáveis pela missão...
Falando aos vicentinos,
recentemente, usei duas plantas, cujas raízes me serviram para ilustrar a ideia
da rede: A cenoura e a tiririca. A
cenoura é, na verdade, uma única raiz que engrossou debaixo da terra seguindo
uma direção vertical. Para arrancar uma
cenoura basta puxá-la para cima. Assim, pode acontecer com quem trabalha
isolado. Na sua ausência o trabalho também desaparece... A tiririca possui um amaranhado de raízes sob
a terra. Em cada gomo ela solta novas raízes formando um verdadeiro rizoma (rede).
Por isso, ninguém consegue acabar com ela! Você pode capinar de um lado que ela
irá brotar de outro. Assim, é um trabalho em rede. É uma tarefa assumida por
todos e não apenas por alguns. Quando uns fraquejam outros os fortalecem... Talvez,
seja por isso mesmo, que algumas conferências duram mais de cem anos! Um
trabalho feito em redes não permite estrelismos pessoais. O que aparece é o
conjunto da obra. Todos são responsáveis por todos.
É fato que o mundo atual está
todo interligado por redes. Mas, o diabo não é preguiçoso. Na rede mundial de
computadores (Internet), por exemplo, ele pode atuar. Veja, por exemplo, o
estrago causado pelas “Fake News”, perfis falsos e “haters”. Haters é uma
palavra de origem inglesa para falar daqueles que semeiam ódio na internet. Em
Pará de Minas, já tivemos suicídio de adolescente motivado por um joguinho de
internet chamado “Baleia Azul”.
Na “Rede de Caridade” o mal não
entra, pois a caridade é uma virtude que vem de Deus ao lado da fé e da
esperança. Quando já estivermos juntos de Deus, a fé deixará de existir,
juntamente com a esperança. O que mais, pode esperar alguém que já em Deus? O
amor (a caridade), entretanto, jamais passará. Entrar nessa rede, portanto, é
ir ensaiando para a felicidade eterna. Em outras palavras, o bom vicentino já
encontrou o caminho do céu...
Imagem: https://pixabay.com/pt/photos/rede-teia-de-aranha-gota-de-orvalho-586177/
Como é bom tê-lo conosco .Nós da SSVP , só temos a agradecer tamanha a sua contribuição para ampliaro nosso aprendizado. Gratidao sempre.
ResponderExcluirAbraços em Cristo
Muito bom o texto!
ResponderExcluirMuito interessante a história da família Vicentina .doar sempre ,ajudar a quem prescisa e muito gratificante,sem nunca receber nada em troca.a melhor coisa é fazer toda caridade com amor.e a única esperança é a de Deus é ele que nos motiva a fazer tudo com carinho e amor pelo próximo as mais carentes.muito obrigado pela explicação PADRE Geraldo Gabriel.
ResponderExcluirConfesso,que até então não tinha lido nenhum texto que explicasse tão bem sobre a obra Vicentina.A Caridade em Rede.Parabens ao Pé Geraldo Gabriel.
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